Sobrou algum tempo para fazer NADA esta semana? Sobrar, não sobra, não é minha filha? Aliás, faltam horas no dia para encaixar todos os compromissos.
Esses dias eu li a seguinte frase que me impactou profundamente:
O Burnout é a overdose do workaholic?
@pontosdevirada
Workaholic já foi considerado um elogio, uma ostentação por ser vidrado em trabalho, uma mentalidade do campo profissional masculino que foi equivocadamente encorporado por mulheres, sobretudo aquelas envolvidas no meio executivo e empresarial. Um status de sucesso, um atestado de bem-sucedida.
Balela! As mulheres estão adoecendo por assumir cada vez mais tarefas. Você não abdica de algumas atividades da vida pessoal por assumir mais atividades profissionais. O contrário, muitas vezes rola.
Em casa, se você não é a pessoa que faz, tem grandes chances de ser a pessoa que administra, organiza e faz toda o gerenciamento para as coisas acontecerem. O trabalho invisível de que falei no post👉 “O que as mulheres fazem enquanto os homens não estão olhando“.
Para entender do que se trata esse trabalho, tente responder a algumas perguntinhas:
- Quem lida com as tarefas de escola dos filhos e da casa?
- Pergunte para o pai das crianças (ou ao seu companheiro), qual o nome da(o) professor(a) do seu filho, o que ele vem aprendendo na escola ou ainda, se ele sabe se precisa comprar materiais para o trabalho de arte.
- Na sua casa, quem sabe qual será o almoço de amanhã ou de hoje? Alguém tirou a carne do freezer? Tem pão para tomar Café da Manhã? Acabou o sabonete, tem que comprar?
- Quem marcou o dentista das crianças? E o médico?
- Quem leva e busca os meninos na natação e na aula de violão?
É disso que eu estou falando! São poucos os companheiros que assumem parte destas funções. E experimente ficar doente nesse meio tempo, todo o esquema da casa desanda. Se você se identifica com esse relato, é bem provável que você seja uma candidata a sofrer os sintomas da Sindrome de Burnout (SB).

A SB se manifesta como um esgotamento emocional e está ligada às ocupações profissionais onde o indivíduo está exposto a grande carga tensional e ao trabalho prolongado altamente estressante. Dentre os sintomas da SB estão o sentimento de frustração e percepção de incompetência no que a pessoa faz. Além da ansiedade, depressão, irritabilidade, as pessoas com SB sentem-se descontentes com o ambiente de trabalho (insatisfações e desprazer).
A SB é tão preocupante que finalmente a OMS a inseriu como👉 doença relacionada ao trabalho na CID-11 (Classificação Internacional de doenças- 11ª Edição), ganhando o código QD85 para registro nos atestados médicos (aquele número colocado no final do documento para o pedido da sua licença para cuidar da saúde).
E adivinhe quem sofre mais da síndrome, homens ou mulheres? As mulheres!
Segundo uma publicação da👉 BBC Brasil,
Por vários motivos, mulheres, particularmente mães, provavelmente ainda administram diariamente uma lista mais complexa de responsabilidades que homens — uma combinação frequentemente imprevisível de tarefas domésticas não remuneradas e trabalho profissional pago.
Bem aquilo que estávamos conversando anteriormente (sem contar que ainda ganhamos menos do que eles para desempenhar as mesmas atividades – leia o post👉 “O preço de ser mulher“). Além disso, o trabalho híbrido pós-pandemia, adotado por muitas empresas é um catalisador dessas diferenças. Existe o lado positivo desse tipo de trabalho, por termos mais flexibilidade de horários; determinadas atividades podem ser feitas de casa, economizando com deslocamento e com combustível (que custa o olho da cara!) e possibilita a mescla com o trabalho que seria mais produtivo presencialmente. O lado ruim pousa nessa mesma “flexibilidade“. Readequamos o tempo para responder mais e-mails, mensagens infindáveis do Whatsapp, seja depois do expediente, aos sábados, domingos ou feriados.
O que fazer então? Antes de te contar o que estou fazendo para tentar driblar essa situação e não surtar, vamos para a pausa para a música do post.
#Dica de Música do Blog🎼
A música escolhida para o texto de hoje é a sugestão do aniversariante especial do mês de maio, meu filho Enzo! “As It Was” do cantor “Harry Styles“. A letra diz mais ou menos assim: “Você sabe que não é igual a como era antes“👇
Voltando ao nosso assunto, para podermos lidar com essa situação, temos que nos adaptar as novas formas de trabalho e estabelecer limites de tempo para cada atividade.
📌Para lidar com o trabalho híbrido, comecei a usar o aplicativo👉 Telegram como alternativa ao Whatsapp. Por serem ambos gratuitos e terem essencialmente as mesmas funções, um deles eu uso para a vida pessoal e o outro para a profissional. Naquele que uso para o trabalho, deixo claro nos grupos os horários e os dias de atendimento. Se for algo urgente, oriento fazer uma ligação.

📌Outra estratégia é copiar os franceses. Na série 👉”Emily em Paris” (2 temporadas, bem legal!), a personagem principal, uma americana, aprendeu com os nativos que não se trabalha nos finais de semana e que “festa não é lugar para tratar de assuntos do escritório“. Quem concorda?🙋🏻♀️
📌Ficar sem fazer nada (estou pelejando para me habituar). Eu sei, o que mais quero é descanso, mas eu não consigo ficar parada😩. Quando não tenho que acordar cedo, pronto, 7 horas estou de pé. Enquanto vejo TV estou crochetando, enquanto tomo meu café depois do almoço espio o Instagram, leio escutando música… Sossega garota! Eu penso. Eu tento, mas mesmo quando eu dou uma dispersada, vem uma voz na cabeça dizendo,”você tem que fazer isso, terminar aquilo“, e a culpa começa a se instalar. Prazos vencendo, contas para pagar, situações a resolver, e eu quase surtando.

📌Aí, penso em separar um momento para ficar sozinha, com meus pensamentos. Para fazer essa “transição” entre “multitarefas” e “zerotarefa“, uso um caderno de anotações para esparramar tudo o que vem na minha cabeça. Esse momento de escrita terapêutica é uma sugestão do livro “O Caminho do Artista” da Júlia Cameron (clique na imagem abaixo👇). A autora denomina a tarefa como “Páginas Matinais“. Confesso que muitas vezes as transformei em “Páginas vespertinas” ou “Páginas noturnas” por ainda não conseguir encaixá-las sempre pela manhã. Mas está valendo! É um processo, leva tempo.
Eu fico só observando as campanhas nas redes sociais com o slogan “Você não precisa dar conta de tudo!”.
Como assim? Como se fosse fácil uma mulher colocar esse conselho em prática! Experimente deixar de fazer algumas de suas atividades diárias por estar doente ou mesmo “de propósito“. Você vai ganhar de presente🎁 uma semana acumulada de tarefas na sequência🤯. Ninguém vai cumprir o que você deixou pendente.
Outro dia li uma postagem, propaganda de um procedimento estético, dizendo o seguinte: “Tenha um aspecto descansado com botox“

O que é isso produção? 😲Só podem estar brincando! Eu quero é descansar de verdade e não ter “um aspecto” (rindo de desespero😅)

📌O que realmente dá certo é assumir menos compromissos, quando possível. Assim, você nem começa e não se compromete a adicionar mais um trabalho a cumprir na sua rotina.
Se a proposta vier de dentro da sua casa, a pergunta a fazer é: “Quem vai assumir?” Se nenhuma pessoa se prontificar a fazer (sem ser você), desconsidere. Pense bem! Você já tem mais do que o suficiente para se ocupar (e não surtar).
Caso queira assumir a tarefa adicional, use a regra da substituição. Para fazer esta nova atividade exclua outra ou transfira para alguém que também está interessado nos benefícios da primeira. Por exemplo, outro dia as crianças queriam que eu fizesse tapioca doce. É uma sujeirada para preparar e demanda tempo. Então, negociei. Eu faço se vocês limparem o fogão e lavarem a louça. Feito! “O que é combinado não sai caro!“😉
📌Por último, não menos importante, organização e planejamento, ou seja, tudo no seu devido lugar e a previsão do que deve ser feito. Esses são meus pontos fracos😬. Eu começo bem, mas depois descamba tudo, me embolo e surto😱. Por isso, estou testando algumas técnicas ensinadas por especialistas no assunto, seja na área da neurociência ou dos que adquiriram conhecimentos por experiências práticas que deram certo e se tornaram métodos específicos.
Em seguida, vou te passar umas referências do que eu ando estudando.
✔Livro👉 “Mente Organizada: como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação” de Daniel J. Levitin (estou lendo).
✔Curso👉 “Método Vida Organizada” da Cris Godinho (organização em geral/”movimento por uma produtividade compassiva“) (Fiz uma amostra gratuita pelo👉 Youtube)
✔Curso 👉”MAPA” da Fernanda Vianna (leitura e estudo) (acompanho os posts e dicas no 👉Instagram)
Quando eu conseguir compilar algo que funcione bem na minha dinâmica diária, compartilharei aqui no👉 blog Cresce e Aparece!®. Enquanto isso, permaneço na fase de experimentação.
E para você, qual é a melhor estratégia para não surtar? Conte-me nos ✍🏻comentários no final do post. Bom te ver novamente no blog. É a sua primeira vez por aqui? Seja muito bem-vinda!!! Para mais conteúdos, siga-nos nas nossas redes sociais.
Quem compartilha amiga é!

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PS* O post seria publicado na próxima semana (ultimo domingo do mês), mas em comemoração ao dia especial, adiantamos para o dia 22/05 🎂👏🏻👏🏻